quarta-feira, 28 de março de 2012

Você está disposto?

Estava relembrando as vastas conquistas as quais nossos antepassados lograram, chegando a comparar seus efeitos à nossa realidade, ou seja, aos nossos dias, os quais se encontram no braço do descaso. O que fragiliza mais um cidadão que cumpre com seus deveres, a falta de participação em nossa cidade por parte dos gestores que foram tolhidos através do eleitorado para sanar as feridas de uma população por muito atingida ou o grande número de denúncias de corrupção as quais somos incumbidos a apreciar diariamente?  

O que vemos diariamente é desafetos, incompatibilidade de diversos candidatos para exercerem a função pública, “concurso” de imoralidades, zelo pela falta de ética. Gestão a qual contribui com o flagelo da humanidade que é a ignorância, e ao mesmo tempo agride de forma proposital o seu maior bem que é a vida. Diante desta contenda, é de se apreciar a memorável acepção de Rui Barbosa de Oliveira sobre nossos dias, ainda hoje ausculto, “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” 

É chegada à hora de expelir de nossas vidas essa vocação de não participar dos tratos políticos. Este é o momento de nos identificarmos com os valores que serão fundamentais para darmos início a um basta nesta intolerância. Sem o primeiro passo estaremos fadados ao atropelo de ações arbitrárias provindas de autoridades sem ânimo para o trabalho sério e responsável. Presenciamos políticos que tentam se lançar com publicidade tendo como slogan palavras de desapreço; Temos irmãos jogados na sarjeta, cidadãos estes que são visíveis a cada viaduto ou rua sem saída e por muitos considerados como mazelas sociais. Quais os meios de defesa aos quais lhe assistem? Estamos verdadeiramente a um passo do abismo social, se citar os efeitos estratosféricos causados pelas drogas e falta de segurança aí sim, chegaremos à porta da loucura.

Esse imbróglio político que atua não somente em nossa cidade de Salvador, mas em todo o Brasil é um mar de interesses particulares em pró do recheio bancário. Vivemos em um terreno hostil, ambiente este que não oferece espaço as ambiguidades. Tendemos a um interesse que abranja toda a sociedade ou estaremos predestinados a acunhar a culpa. Pois somos os responsáveis, mesmo involuntariamente, desta desordem a qual encontramo-nos refém. Não basta aprendermos a julgar, temos que nos atermos aos bons homens, aproximarmos aos projetos e intenções plausíveis, pois estes abrangerão toda a sociedade.

As campanhas conjugadas a projetos que são impostas para nós cidadãos devem ser apreciadas cuidadosamente. Vamos pesquisar a vida pregressa de cada candidato, já que a leniência do nosso Egrégio Tribunal de Justiça, vinculada a inapetência judicante é de interesse de muitos políticos, e com isso, não se manifestam em tempo hábil, pois não há outro motivo para a Bahia somente ter 13 processos finalizados contra agentes públicos no ano de 2011. Que com a ajuda de Deus, possamos nos empenhar não apenas em pró da melhoria individual, mas almejando o progresso de toda nossa sociedade, pois voto não tem preço, tem consequência.

Bruno Ribeiro.

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