JORNAL OTEMPO (MG)
21/3/2012
Um em cada cinco produtos industrializados consumidos no Brasil no ano passado era importado, informou uma pesquisa da CNI divulgada ontem na imprensa. A perspectiva é a participação dos importados seguir subindo neste ano, em razão da sobrevalorização do real.
A boa notícia é que parte dessas importações foi de insumos para a indústria, que está aproveitando a desvalorização do dólar para comprar equipamentos mais modernos. Essas importações subiram 2,6 pontos percentuais em 2011, batendo um recorde - 21,7% do total.
Não obstante, persiste a queixa geral da indústria com relação às dificuldades para exportar. Noutro dia, o ministro da Fazenda afirmou que a indústria já estaria quebrada se o governo não tivesse tomado medidas cambiais para sustentar a cotação do dólar.
Mas a indústria não consegue competir com o produto estrangeiro também por outros fatores, como os juros elevados, a burocracia, a logística, a carga tributária, os custos sociais. Todos esses óbices tornam nossos produtos mais caros que os estrangeiros.
Perdemos interna e externamente. Há poucos dias, o ministro Fernando Pimentel esteve no México com o fim de frear as exportações de automóveis para o Brasil. O México não tinha sido atingido pelo aumento de 30 pontos percentuais no IPI de carros importados.
Por que um Volkswagen Jetta custa R$ 32 mil no México, onde é fabricado, e, no Brasil, custa R$ 65 mil? Porque o nosso custo de produção e complementares é muito maior que o do México, um país que se equipara ao Brasil em termos de desenvolvimento.
O problema então não está só no câmbio. A indústria tem seu crescimento prejudicado por outros fatores. Um dos encargos mais pesados são os impostos. No ano passado, a participação do setor não chegou a 15% do PIB. Foi o índice mais baixo que já atingiu.
Quanto mais defasado, mais cresce a ameaça de desindustrialização. E isso impacta a economia.
21/3/2012
Um em cada cinco produtos industrializados consumidos no Brasil no ano passado era importado, informou uma pesquisa da CNI divulgada ontem na imprensa. A perspectiva é a participação dos importados seguir subindo neste ano, em razão da sobrevalorização do real.
A boa notícia é que parte dessas importações foi de insumos para a indústria, que está aproveitando a desvalorização do dólar para comprar equipamentos mais modernos. Essas importações subiram 2,6 pontos percentuais em 2011, batendo um recorde - 21,7% do total.
Não obstante, persiste a queixa geral da indústria com relação às dificuldades para exportar. Noutro dia, o ministro da Fazenda afirmou que a indústria já estaria quebrada se o governo não tivesse tomado medidas cambiais para sustentar a cotação do dólar.
Mas a indústria não consegue competir com o produto estrangeiro também por outros fatores, como os juros elevados, a burocracia, a logística, a carga tributária, os custos sociais. Todos esses óbices tornam nossos produtos mais caros que os estrangeiros.
Perdemos interna e externamente. Há poucos dias, o ministro Fernando Pimentel esteve no México com o fim de frear as exportações de automóveis para o Brasil. O México não tinha sido atingido pelo aumento de 30 pontos percentuais no IPI de carros importados.
Por que um Volkswagen Jetta custa R$ 32 mil no México, onde é fabricado, e, no Brasil, custa R$ 65 mil? Porque o nosso custo de produção e complementares é muito maior que o do México, um país que se equipara ao Brasil em termos de desenvolvimento.
O problema então não está só no câmbio. A indústria tem seu crescimento prejudicado por outros fatores. Um dos encargos mais pesados são os impostos. No ano passado, a participação do setor não chegou a 15% do PIB. Foi o índice mais baixo que já atingiu.
Quanto mais defasado, mais cresce a ameaça de desindustrialização. E isso impacta a economia.
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